O cansaço nos faz falar...

Estou pregada, cansada que só, e me vem palavras mil em minha cabeça. Meus dedos não dão conta de teclar meus pensamentos, e meus olhos estão cerrando lentamente. Quero muito ir dormir, mas tenho um graaaande medo de perder as palavras que explodem em minha mente, pois, das muitas vezes que fiz isso, as perdi, como fumaça, e elas não voltaram.

Sou um ser mais da escrita que da fala, e isso me protege de alguma forma contra as agruras da vida. Não gosto de magoar pessoas, não gosto de ofender pessoas, não sou o tipo que pratica bullyng. Mas nem por isso as pessoas são obrigadas a ser assim comigo. Eu passo por mágoas, por ofensas, por bullyn, e isso me entristece. Não acho que se deva falar o que quiser com as pessoas, pois temos que saber, desde pequenos, sem mesmo ter aprendido com alguém, que todos sentimos, e ofender alguém, magoar alguém, cometer uma injustiça com alguém, é algo irreparável, por mais que peçamos desculpas.

Sentir o que o outro sente. Essa é a premissa maior. Não julgar, nem prejulgar alguém por algum comentário feito por outrem totalmente incoerente, descabido. Isso se chama injustiça, insensatez.

Eu estou cansada. A semana foi pesada, as noites mal-dormidas, e ainda por cima um clima horrível no escritório...

A vida toda a gente busca por estabilidade, e chega um momento que você acredita estar estável, até que um grande praticante de bullyng te tira o chão. Mas, como o seu laço com a pessoa é grande, você se fecha como caragueijo, e sofre as conseqüencias na sua saúde. Uma úlcera aqui, um erupção cutânea alí, o intestino desregulado, enfim, o sono, que é o maior reparador dos males, parece ser para você um artigo de luxo, pois dormir evoca momentos ruins do dia, e se você depender única e exclusivamente de seu cérebro para dormir, esqueça, pois vai ser impossível!

Mas, quando a gente consegue escrever, colocar pra fora as angústias e os mal-tratos sofridos, parece que a paz começa a tomar conta do corpo...

Estou com sono, mas estou inspirada...