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domingo, 5 de abril de 2009

Por falar em saudades...



Pois é, por falar em saudades, nenhuma saudade é maior do que aquela que você não pode acabar...

Hoje, especificamente, é um dia que me traz muita saudade, acho que a maior saudade que alguém pode sentir, pois no dia 5 de abril de 2003, no final da tarde, falecia minha mãe...

Após cinco anos driblando uma doença, ela se foi.

Mas, não antes de me passar todo um esquema de onde pegar a gata com seus pequenos filhotes, e como fazer para colocá-los na ninheira, onde levar a gatinha-mãe, enfim, mandou todas as coordenadas... Eu senti, naquele momento, que seria a última orientação que ela me daria... Ou será que não senti?

Sempre que me lembro daquele dia me pergunto como é possível amanhecer com alguém vivo, conversar com essa pessoa, e anoitecer escolhendo a roupa que ela vai dormir o sono eterno...

É uma dor que não acaba nunca... A gente se acostuma com ela, mas nunca acaba...

Meu pai e meu irmão foram ao cemitério hoje... Eu ia, mas na hora me veio uma sensação tão esquisita, do tipo: ela não está ali. Ali só estão os ossos, os restos mortais de um corpo sem a essência da minha mãe! Por que devo reverenciar uma matéria sem essência?

Eu sempre sinto a presença dela, e quando me dou conta, muitas vezes, estou conversando em pensamentos com ela como se viva ela estivesse. Acho que essa é uma reverência muito mais genuína...

Interessante, também, é que, desde que me mudei para meu novo apartamento, em cada coisa que coloco no lugar, elevo o pensamento a ela e questiono: você gostaria disso aqui? E quando não sinto a energia positiva, eu troco o objeto de lugar, experimentando-o em outro até que sinta que ela dá o seu ok.

Há duas semanas eu venho sonhando com ela, e ela está sempre muito sorridente, feliz, satisfeita.

Teve um sonho, inclusive, que eu acordei às gargalhadas!!! Isso não é bom, geeente?

Normalmente quando as pessoas sonham com os entes que já foram, acordam com uma tristeza sem fim ou, até mesmo, chorando a saudade. Mas eu não. Eu acordo com ataques de riso, gargalhadas que saem de dentro do meu ser com tanta força, que me esqueço, por completo, que ela não está mais aqui...

Pois é, a minha relação com ela agora é muito mais intensa do que antes, haja vista que ela agora pode estar comigo em qualquer lugar...

Será que seria necessário mesmo que eu fosse ao cemitério, quando a sinto tão presente em qualquer lugar que eu esteja?

Me deixe sua opinião, eu vou gostar taaanto...

Beijos mill

8 comentários:

  1. Clarice Lispector dizia, que "a saudade é como a fome, só passa quando se come a presença" podemos comê-la de diversas maneira, e se for gargalhando, melhor ainda não?

    bjs

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  2. É a vida.... mas nada melhor que uma boa gargalhada!!!!
    E falando em risos isso e com vc mesmo qrida amiga...
    bjos

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  3. Paula, não acho que seja preciso você ir ao cemitério para se sentir próxima de sua mãe. O importante é que ela está tão viva em sua memória que hoje você já pode acordar sorrindo depois de sonhar com ela.
    Gostei da foto e do layout novo do blog!
    A cestinha de cosméticos da foto é similar a uma que tenho em meu banheiro..:)
    Ah! Lógico que aquele episódio foi no cemitério Santo Antônio, né? Uma coisa!! rs
    Beijão

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  4. Olha Maria Paula, meu pai falaceu há 15 anos. Ainda sinto a presença dele e lembro muito. Aqui onde estou, na biblioteca, tenho uma foto com toda a família. Sempre é bom estar próximo. Não precisa ir ao cemitério, pois lá as lembranças podem não ser as melhores. A nossa memória sempre será a graça de continuar a vida.
    Beijos

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  5. Obrigada pelos comentários, gente, acontece que meu pai ficou tão chateadinho com a minha resistência de ir ao cemitério, que chegou a passar o dia inteiro sem falar comigo!

    Coisas de pai...

    Ele foi com meu irmão mais velho (somos em 3, duas mulheres e um homem)...

    Mas não acho certo forçar a barra para alguém ir num cemitério...

    Obrigada a todos pelos coments, mais uma vez!

    Beijos mill

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  6. Maria Paula,
    Minha mãe se foi num dia chuvoso, bem na minha frente, dia 05/10/1998, após 15 dias doentinha, faltando 9 dias para completar 73 anos.
    A falta dela é clara para mim a cada dia, até hoje não passou umdia sem me lembrar dela e muitas vezesw citá-la, era era muito inteligente e divertida.
    Quanto a "frequentar" o cemitério, não esquenta, ela não está lá, está no seu coração.
    bjo

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  7. Maria Paula, dá uma olhada neste link aqui e veja se voce gosta.

    bjks

    http://testedomeucantinho.blogspot.com/

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  8. A minha mãe se foi á dois anos e pensei que só eu tinha a mania de conversar com ela, mas sou meio doida então achava que era mais uma maluquice. Agora vejo que é normal, ou pelo menos pra nós, eu sinto quando ela não gostaria, falo quase escuto, não me sinto só, me passa um conforto qu só mãe passa. bjs

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Beijos mill, a boneca de pano